quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O Samba do Compositor Paranaense é 10




O CD “Samba do Compositor Paranaense – etapa 2010” será lançado oficialmente nesta sexta-feira (28), em um show que acontecerá no Canal da Música, com início marcado para as 20h, onde serão apresentadas as 12 músicas selecionadas nas etapas do projeto, realizadas entre março e novembro de 2010.
Nesse período, no último domingo de cada mês, um corpo de jurados especializados, composto por professores, músicos, maestros e especialistas do samba, como Waltel Branco (músico, arranjador e produtor musical mundialmente conhecido) e Maé da Cuíca (sambista e fundador da Escola de Samba Colorado, a primeira do gênero em Curitiba), escolheu entre os inscritos para aquela etapa, uma música, que já ficou selecionada para integrar o CD. Após a 10ª etapa, se realizou uma “repescagem”, quando mais duas composições foram “pinçadas”, completando as 12 faixas do disco.
O Projeto

Ricardo Salmazo, Xande da Cuíca, Gusta Proença e Léo Fé

O “Projeto Samba do Compositor Paranaense”, idealizado pelos músicos Ricardo Salmazo, Léo Fé e Xande da Cuíca, nasceu da necessidade de se dar espaço e voz ao crescente número de sambistas e compositores participantes do “Terreiro do Combinado”, evento que reunia, na casa de Salmazo, os sambistas carentes de um “palco” onde poderíam mostrar suas novas criações.
Com o apoio da Fundação Cultural e da Prefeitura de Curitiba, e com o patrocínio da Celepar, que pela Lei de Incentivo Fiscal do Município pode financiar 100% do projeto, a idéia saiu do papel e se tornou realidade. O custo de todas as etapas, em forma de festival e os valores gastos na produção, confecção e gravação do CD, produto cultural resultante do projeto, estavam assegurados.
O CD
São doze faixas, produzidas e arranjadas pelo já consagrado instrumentista curitibano Julião Boêmio. Gravado no estúdio SOLO, entre abril de 2010 e maio de 2011, contou ainda com uma seleção de instrumentistas de primeira grandeza no cenário musical de nossa capital, como Vinícius Chamorro, Sérgio Coelho, Daniel Miranda, Clayton Silva, Gabriel Schwartz, além do próprio Julião, entre muitos outros.

As 12 escolhidas para o 1º CD do Samba do Compositor do Paraná:
1.        A Hora do Samba   (Léo Fé / Xande da Cuíca / Ricardo Salmazo)
2.        Delírio do Poeta   (Claudio Peba)
3.        Samba do Galinho no Poleiro   (Carla Colvara)
4.        Queixa   (Renato Lucce)
5.        Vento Beira-Mar   (Mariana Souza / Gui Miúdo)
6.       Amor Não é Remédio   (Isso Fischer / Etel Frota)
7.        Lua Já veio   (Pri Pontes / Elias Fernandes)
8.       Não Dou Sorte com Mulher   (Hardy Guedes)
9.        Mar Grande   (Gusta Proença)
10.   Eterno Aprendiz   (Júlio Morais / Wandeco)
11.   Samba em Ré   (André Drabeski / Lucas Mion)
12.   Aviso   (Renato Lucce)

O Projeto em 2011
Depois da primeira experiência em 2010, algumas mudanças de rumo foram tomadas pelos organizadores do projeto e pelos sambistas participantes. A ênfase à competição deu lugar a valorização da fidelização ao ideal de que o Samba do Compositor Paranaense se torne uma instituição, um espaço cultural efetivo, que reúna a comunidade dos músicos e compositores de samba, preocupados não somente em gravar discos, mas sim de apresentar e divulgar a sua arte.

A roda está formada. É o Samba do Compositor Paranaense

A expectativa é de que o Projeto se transforme em referência de qualidade para todos os músicos do país. Segundo os organizadores, alguns compositores surgiram do projeto. Músicos que não compunham se descobriram compositores durante as segundas-feiras de roda.
Outro item importante a se destacar é o alcance da composição. O maior prazer do compositor, mais do que o ganho financeiro, é o retorno do sentimento, como destacou Xande da Cuíca.
“O Bruno fez uma música chamada “Nesse Palco” e cantou-a recentemente na roda das segundas. O Olinto (Simões, diretor de teatro), que frequenta costumeiramente os encontros, emocionado, chegou a chorar, dizendo que a música retratou o sentimento dele de estar  em um palco. A ponte então se fez: o compositor atingiu o seu objetivo, emocionar o seu público”, contou Xande.
O grande desafio dos organizadores para 2012 é expandir o projeto para o interior do Paraná. Para isso, contam com o apoio também da TV Educativa, que tem intenção de auxiliar a levar o Samba do Compositor, de fato, para todos os paranaenses.
Bate Papo
Em uma conversa descontraída – como pede o samba – Ricardo Salmazo e Xande da Cuíca falaram sobre o projeto: passado, presente e futuro. E sobre a importância desse espaço conquistado pelo samba do Paraná.
Banda B (BB):  Como foi o começo, o embrião do “Projeto Samba do Compositor Paranaense”?
Ricardo Salmazo (RS):  A gente já fazia os encontros de samba autoral lá em casa, que era conhecido como o “Terreiro do Combinado”, pelo Combinado Silva Só (grupo de samba de raiz de Curitiba, do qual Ricardo, Xande e Léo Fé fazem parte). Daí a coisa cresceu e pintou a necessidade de mais espaço, mais estrutura, para podermos ouvir, conhecer e divulgar os sambas de tantos compositores bons. Conversando com Léo e com o Xande, descobrimos a Lei de Incentivo Fiscal Municipal (LIF) e deu certo.  Montamos um sistema de competição que durava o ano inteiro, onde se escolheriam 12 músicas para o CD.
(BB):  Quando foi isso?
(RS):  O projeto é de 2008. Demorou dois anos para começar, em 2010.  A captação de recursos que é a parte mais demorada.
(BB):  E qual era o principal objetivo?
(Xande da Cuíca):  A intenção era e ainda é fomentar a constante criação cultural, envolvendo o samba paranaense, que nunca teve um porto seguro constante. A gente não pensa somente em reunir músicas para gravar um CD, mas sim reunir pessoas que tenham um mesmo objetivo musical. Abrir espaço para que os compositores possam mostrar a sua arte, independente de cd, rádio, essas coisas.
(BB):  A primeira edição do projeto (2010) teve um formato. Em 2011 continuaram com os mesmos objetivos?
(RS):  Mudou bastante o foco. Em 2010 montamos uma banda que fazia a base, o apoio, dava o suporte enfim, para os compositores que inscreviam os seus sambas pelo site previamente, e uma vez por mês fazíamos a eliminatória, em forma de competição, tipo festival.  Hoje diminuímos consideravelmente o cunho de competição. Os sambistas inscrevem suas obras no dia mesmo (toda a segunda-feira, a partir das 19h30, no Canal da Música). E não existe mais a obrigatoriedade de se escolher uma música por mês. As escolhas são constantes e quem julga é a nossa comissão organizadora mesmo, escolhida entre os próprios sambistas (além de Ricardo e Xande, fazem parte da comissão os músicos Cláudio Peba e Bruno)
(BB):  E por que essa mudança? Quais as vantagens?
(XC):  O objetivo é a fidelização das pessoas ao projeto,  e não que venham aqui só uma vez, só para entrar no cd, e nunca mais apareçam, como já aconteceu.  Hoje as pessoas vêm aqui, participam mais, convivem...
(BB):  Já existe repertório escolhido para um novo CD? E verba para gravá-lo?
(RS):  Já temos condições de gravar outro CD. Financeira e de repertório. E agora de forma independente, não mais pelo projeto. A verba do patrocínio acabou em abril de 2011. Mas a ideia é seguirmos pelo menos até o final de novembro, para escolher as 12 músicas da etapa 2011. Nossa intenção é de ter um registro de áudio por ano. O ideal é fechar em janeiro e gravar. E até junho colocar no mercado.
(BB):  E o disco de lançamento?
(XC):  Somos suspeitos em falar, mas ficou exclente. Sambas muito bons, muito bem arranjados e executados. Tudo de primeira. Vai de encontro com a nossa maior intenção que é mostrar que existe um samba paranaense, que não deve nada para ninguém. Quem for ao Canal da Música, no dia 28 (sexta próxima), poderá conferir de perto.
(BB):  E o futuro do projeto?
 (RS):  Nosso objetivo é de sempre crescer, em participação e em qualidade. Para 2012, tentaremos encontrar apoio e financiamento para a ideia de levar o projeto para o interior do Paraná. Quem sabe possamos conseguir novamente algo baseado na LIF. Enquanto isso, todas as segundas, às 20h, no Canal da Música, o samba vai continuar rolando solto. E todos estão convidados.


Waltel Branco

Maé da Cuíca



domingo, 16 de outubro de 2011

O pulso ainda pulsa


Série B
A vitória magra e sofrida do Paraná Clube sobre o Vila Nova, por 1x0, no último sábado, no Serra Dourada, serviu para dar um novo fôlego à equipe tricolor. Antes da rodada, já se pensava somente em fugir da zona do rebaixamento. Com o triunfo em Goiânia, acabou a rodada a sete pontos do G4.
E a semana começa com cara de “decisão”. Em quatro dias o Paraná decidirá o que vai fazer até o final da Série B. Na terça enfrenta o Criciúma, na Vila Capanema; sexta-feira vai a Campinas duelar com a Ponte Preta, atual vice-líder.  Em caso de conquistar os seis pontos, pode fechar a 32ª rodada a dois pontinhos do G4. Em caso de perder as duas partidas, pode voltar a rondar o G4 do mal.

Packer marcou o gol da vitória, mas acacbou o jogo com cãibras

O final do jogo em Goiânia foi dramático. Um sufoco incrível e ainda vendo a maioria dos jogadores se arrastando em campo. O meia Douglas Packer acabou a partida com cãibras violentas. Preocupa o estado físico do elenco, pelo curto tempo de recuperação.
Pelo que jogou no primeiro tempo contra o Vila, vejo como um sonho possível a busca pela 1ª divisão. Pelo que jogou no segundo tempo, o futuro será de chuvas e trovoadas. Com a palavra, Macuglia e seus pupilos.

Série A
O Coritiba empatou com o Bahia, por 0x0, neste domingo, no Couto Pereira e praticamente disse adeus ao sonho da Libertadores. Em 11º lugar, e tendo que descontar 10 pontos do Fluminense (hoje o último a garantir a vaga), o Coxa ficou muito afastado da possibilidade de garantir um calendário internacional para 2012.
Agora é cumprir a tabela, ganhar mais uns 10 pontinhos logo, para não correr nenhum risco de rebaixamento no final, e se planejar para o ano que vem. Acaba o ano com um saldo bom, com uma boa equipe, que precisa de alguns reforços para definitivamente  brigar por vôos mais ousados.
O Furacão foi ao Rio enfrentar o embalado Botafogo, do competente Caio Jr, dando à todos a impressão de que dificilmente venceria. E não venceu. 2x0 para o Fogão, que está na briga pelo título.  Menos mal para o Atlético/PR, que Avaí, Ceará, Cruzeiro e Galo também perderam na rodada, continuando tudo na mesma.
Domingo que vem, o rubro negro encara o Ceará, na Arena. Esse sim é um jogo em que só se pode pensar em vitória. Se vencer, fica a um pontinho do próprio Ceará, e ainda torce por tropeços do Cruzeiro (que enfrenta o surpreendente Atlético/GO, em Minas) e o Atlético/MG (que vai encarar o Flu, no Rio). Pode sim o Furacão terminar a semana a um pontinho de sair pela primeira vez esse ano da zona de rebaixamento.
Qualquer coisa diferente de vencer o “Vovô” cearense, a coisa vai ficar pretíssima.


domingo, 9 de outubro de 2011

O fim de semana do Trio de Ferro


Sexta-feira foi dia de Tricolor

Giancarlo fez dois gols e saiu aplaudido pela galera
Depois de uma derrapada feia no empate frente ao Duque de Caxias (lanternaço da Série B) existia uma certa desconfiança sobre o que o Paraná Clube poderia fazer contra o ASA, de Arapiraca, na Vila Capanema. E o Tricolor venceu por 3x1. Já vi derrotas em que a equipe paranista jogou bem mais do que contra os alagoanos, mas nessa altura o que vale são os três pontos.

Estava a quatro pontos da zona de rebaixamento e a quatro pontos permaneceu, mas caso perdesse, hoje estaria a um pontinho do G4 do mal e certamente o desespero já estaria instalado. No próximo sábado vai a Goiânia enfrentar o Vila Nova, que anda mal das pernas. Retorna a Curitiba para, já na terça-feira seguinte duelar com o Criciúma. Vencendo esses dois jogos pode se afastar da degola e ficar a uns cinco ou seis pontos do G4. E continuar sonhando.

Sábado Alviverde

Marcoa Aurélio voltou a marcar pelo Verdão
No sábado o Coxa atropelou o Grêmio/RS. Com autoridade de quem pode ir bem mais além do que o 8º lugar que hoje ocupa. Foi o início de uma semana “tricolor”: já deu de cinta no gaúcho; quinta pega o carioca (Fluminense) no Engenhão, mordido pela derrota no Fla-Flu; e domingo volta ao Couto para brigar com o baiano (Bahia).

Precisa mais do que nunca vencer fora de casa para se consolidar entre os que brigam por vaga à Libertadores. E o Flu é concorrente direto. Caso volte com os três pontos do Rio, poderá usar a força do seu estádio para passar por cima dos baianos, e com mais esses três pontos se aproximar bastante do objetivo de brigar pelo G5.

Domingo de chocolate

Manoel foi expulso mais uma vez
O Furacão foi a Florianópolis com a grande expectativa de vencer e colar no Cruzeiro (primeiro fora da zona de rebaixamento), além de praticamente afundar de vez o Avaí, concorrente direto à forca. Mais de mil rubro-negros viajaram até a Ilha da Magia para apoiar a equipe na difícil tarefa. 

E o que se viu foi triste. Começando pelos baderneiros das torcidas organizadas, que brigaram entre si. Depois o péssimo primeiro tempo do Atlético/PR. No final, 3x0 para o Leão da Ilha, fora o baile. Se vencesse, estaria junto com o Cruzeiro e a dois pontos do Ceará, podendo deixar o G4 de baixo na próxima rodada. Agora enfrenta o Vasco, na quinta, na Arena, e o Botafogo, domingo, no Rio. Semana difícil e decisiva.

domingo, 2 de outubro de 2011

O Brasil com cara de Brasil


Semana agitada no futebol paranaense e brasileiro. Paraná Clube, Coritiba, Atlético/PR, e Cienorte  lutaram no Brasileirão. A Seleção Brasileira “sapecou”os hermanos em Belém do Pará, com direito a troféu e tudo mais.

Tricolor: só por milagre

Lima foi o melhor em campo no empate contra o Vitória
Dois jogos na semana e somente um pontinho ganho, o que fez o Paraná ficar a 11 pontos do G4. Ainda faltam 11 rodadas, mas o acesso parece missão impossível. São necessárias mais nove vitórias, o que já seria muito difícil de se conseguir, estivesse o Tricolor jogando bem, o que não é o caso.

Medíocre em Juazeiro, na derrota para o Icasa, razoável no empate contra o Vitória/BA. E nada mais que isso. Hora de se concentrar em somar os pontos necessários para escapar da “zona da degola”. Para quem já viveu o drama do rebaixamento nesse ano (o Paraná, no campo, foi rebaixado para a 2ª Divisão do Paranaense de 2012), a simples possibilidade de se conviver com este fantasma, na Série B, já faz perder o sono.

Furacão respirando

Nieto fez dois gols contra o Inter
O Atlético/PR venceu o Internacional/RS, na Arena, ficou a dois pontos do Cruzeiro – primeira equipe fora da zona de rebaixamento – e volta a sonhar em sair pela primeira vez do “grupo do mal”, neste Brasileirão. Basta que, no próximo final de semana, vença o Avaí, em Florianópolis, e que o São Paulo derrote o Cruzeiro em Minas. Tarefa difícil, mas não impossível.

O centroavante Nieto foi o “cara” do jogo. Fez dois e saiu de bem com a galera. Essa é a vida de um “homem gol” (principalmente os caneludos, como Nieto), que são considerados pernas-de-pau quando não fazem gol e craques quando marcam. Aguardemos os próximos capítulos.

Coxa estacionado

A boa notícia da semana foi a convocação de Lucas Claro
O Verdão do Alto da Glória continua sem vencer fora de casa e por isso não sai do lugar. Flutua entre a 7ª e a 10ª posição. Hoje é o 9º , mas pode retornar ao 7º posto se vencer o Grêmio/RS, no próximo sábado, no Couto Pereira, onde vem demolindo os opositores.

Muito bem, mas depois sai contra o Fluminense e se não vencer, volta para 9º ou 10º. A 11 rodadas do final e a sete pontos da zona do rebaixamento, somente uma sequência de vitórias pode levar o Coxa ao seu objetivo.
Cianorte venceu, mas não levou

Felipe fez o gol da vitória. Mas não foi suficiente
O Cianorte foi até Itápolis tendo que vencer o Oeste para seguir buscando o acesso à Série C de 2012, depois de perder em casa, por 1x0. E venceu, mas somente por 1x0. Com a repetição do placar do jogo de ida, a decisão foi para os penais. E deu Oeste, por 4x3.

De se lamentar, pois a equipe tinha todas as chances de conseguir o acesso e acabou pagando pela atuação “morna” no último domingo, quando derrapou, e mesmo jogando melhor que o adversário, não teve forças para buscar o empate e a virada. Boa campanha da equipe do noroeste, que deixou a certeza de que buscará essa vaga na Série C nos próximos anos.

Seleção Brasileira com a cara de Seleção Brasileira

Lucas e Neymar: os garotos demoliram a Argentina
O Brasil enfrentou a Argentina, na quarta-feira (28) em Belém do Pará, e entrou em campo com uma equipe ofensiva, cheia de bons jogadores, como sonha o fanático torcedor brasileiro. Com o centroavante Borges adiantado e uma linha de três meias atacantes (ou seria atacantes meias?) formada por Lucas, Ronaldinho Gaúcho e Neymar, a Seleção não tomou conhecimento dos argentinos e venceu por 2x0.

Vale o destaque para a atuação dos jovens Rômulo (volante do Vasco) e Bruno Cortéz (lateral esquerdo do Botafogo), mas o protagonista foi Neymar. Veloz e habilidoso, o santista fez de tudo. Um gol, lances geniais e até umas “abusadinhas”, quando chamava os “hermanos”para a dança.

O Óscar de ator coadjuvante vai para o são paulino Lucas, que com um gol, muita aplicação e várias grandes jogadas, também encantou. Que bom ver um Brasil ousado, corajoso, partindo para cima do adversário acreditando no seu potencial e, ainda assim, equilibrado defensivamente. Essa é a cara da Seleção Brasileira.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A "gangorra"continua



Segue a gangorra do futebol paranaense no Brasileirão 2011. O Paraná, que vinha jogando mal e deixando escapar pontos preciosos dentro da Vila, voltou a vencer e convencer, colocando o vice líder Náutico no bolso, na última sexta-feira. No sábado, o Furacão empatou com o Fluminense, na Arena, em um jogo prá lá de conturbado, cheio de lances polêmicos, com pênalti para os visitantes, já nos acréscimos, e confusão com a galera, no final. Domingo, o Coxa perdeu por 3x2 para o Ceará, lá em Fortaleza. Mais uma vez não conseguiu vencer fora de casa, o que não permite a sua aproximação à zona da Libertadores. E ainda teve o Cianorte, pela Série D, que perdeu em casa, por 1x0, para o Oeste, de Itápolis/SP.

ÔÔÔ, o Tricolor voltou...

O Paraná Clube voltou a vencer em casa, quando ninguém esperava. E venceu jogando bem. E venceu o vice líder. Estreando reforços, na 25ª rodada (e ainda tem mais gente para estrear), o Tricolor surpreendeu pelo bom posicionamento em campo. Mesmo com o volante Itaqui debutando e com o lateral Henrique pela primeira vez atuando como titular, no meio campo, a equipe foi equilibrada e venceu pela força do conjunto.
O meia Dinélson foi adiantado para o ataque, jogando solto. E o seu futebol apareceu. Fez um bom primeiro tempo e no segundo, logo no começo, marcou o segundo gol (o primeiro foi de Itaqui, numa bomba de fora da área), que definiu a parada. Com esse futebol, o Tricolor pode sonhar ainda com o G4. Em Juazeiro, nesta terça-feira (27), veremos se a fase boa voltou para ficar.

Confusão de novo na Arena

O Atlético empatou em 1x1 com o Fluminense, sábado último, na Arena da Baixada. Poderia ter vencido. Hoje culpam o árbitro, mas sem razão. Ele marcou o (discutível) pênalti em Vágner Diniz. Paulo Baier afinou (segundo o técnico Antonio Lopes), Cléber Santana foi lá e desperdiçou o gol.
O zagueiro Rafael Santos colocou a mão na bola desnecessariamente, em cima da linha da grande área (se dentro ou fora, nem na televisão deu para saber). Foi expulso com razão. E o árbitro marcou fora da área.
O Furacão ainda desperdiçou algumas boas chances durante o jogo. Nos acréscimos, o árbitro marcou penalti em Lanzini. Que me perdoem os atleticanos, mas cada vez que olho as imagens, vejo a mão de Manoel empurrando o atacante pelas costas, e ainda um pezinho por baixo. Para mim, penalti. E se não foi, é duvidoso o suficiente para não justificar a revolta de todos.
Não vai ser  justificando a incompetência em definir os jogos pelos erros das arbitragens que o rubro negro vai sair dessa. Que assumam os erros e melhorem o desempenho e, principalmente, as finalizações.

Coxa volta com mais uma derrota

O Coritiba precisa vencer alguns jogos fora de casa para poder sonhar com a Libertadores. Pois vence em casa, se aproxima, mas ao perder constantemente fora, não consegue tirar a diferença. O Ceará lá em Fortaleza sempre foi pedreira. E dessa vez não foi diferente.
O centroavante Bill ainda consegiu empatar duas vezes, mas não foi suficiente. O Coxa começou a rodada a quatro pontos do G5. Terminou a cinco. Prejuízo pequeno, mas para mudar o rumo dessa história, vai ter que descobrir a razão de não vencer fora. Não pergunte para mim, pois não faço a mínima idéia. Tarefa para o Marcelo Oliveira e sua competente comissão técnica.

Cianorte mandou no jogo, mas perdeu

Marco Franzato, Carlos Marcato e Luis Carlos Bersani, diretores do Cianorte
Acompanhei das arquibancadas do Estádio Albino Turbay a derrota do Cianorte para o Oeste de Itápolis/SP, por 1x0, neste domingo (25). Do começo ao fim só deu o Leão do Vale. Em um único ataque, o Oeste marcou o seu gol, que acabou garantindo aos paulistas a vantagem para o segundo jogo, em São Paulo.
O Cianorte criou algumas chances, poderia e deveria ter empatado e até virado o placar, mas não teve forças e competência para tal. Mas tem chances de reverter a coisa lá em Itápolis, basta reencontrar a inspiração para criar mais e melhorar a pontaria, para fazer os gols criados. Simples, não?
Fui até a (cada vez mais bela) cidade de Cianorte a convite do diretor de futebol do clube, Luis Carlos Bersani, para o aniversário de 15 anos de sua filha, (a mais bela ainda) Lorena. Uma das mais lindas festas que presenciei em minha vida. Obrigado, Bersani, pelo convite, pelo carinho e pela amizade.
Bersani, ao lado do presidente Marco Franzato, são os alicerces da equipe do Cianorte, que ano a ano evoluiu em estrutura e é exemplo para as outras equipes de futebol do interior do Paraná.

domingo, 18 de setembro de 2011

Tudo igual



Mais um final de semana sem vitória das equipes paranaenses no Brasileirão 2011. Ou será sem derrota? Com o advento dos três pontos por partida (já faz tanto tempo que parece que sempre foi assim, mas para os mais jovens, anteriormente a vitória valia somente dois pontos), o empate perdeu status e passou a ser considerado sempre um mau resultado, dentro ou fora de casa. Mas existem empates e empates.

Tricolor: 1x1 meio que agridoce

Guilherme Macugli estreou no comando do Tricolor
No sábado, o Paraná Clube novamente não venceu jogando na Vila. O empate com o Goiás foi um mau resultado, em termos de aproximação ao G4, mas pelas circunstâncias da partida, a qual perdia até os 39 minutos da segunda etapa, pode até se considerar um ponto ganho. E que lhe vale três posições na tabela de classificação: com a derrota seria o 14º colocado, o empate lhe mantém em 11º.

Do jogo, o que ficou de bom foi a atuação do jovem lateral esquerdo Henrique, que entrou improvisado na meia e mudou a história da partida. E o gol de cabeça de Giancarlo, que pode lhe ajudar a recuperar a confiança perdida. Ele é o artilheiro da equipe e um dos principais assistentes também, mas mesmo assim (de forma absurda, em minha opinião) é ridicularizado pelos próprios torcedores paranistas. 

Ah... e o Macuglia estreou, e fez três alterações que ajudaram bastante o Paraná a chegar ao empate. Um bomtrabalho, para quem conhecia pouco as características dos atletas. Que seja um bom sinal para o Tricolor e que ele também possa mostrar aos que o criticaram antes mesmo de iniciar o trabalho, que tem o seu valor e merece, ao menos, respeito.

Atlético: 0x0 amargo contra o Figueira

Paulo Baier retornou no Furacão
O Furacão perdeu a chance de confirmar a reação, depois de vencer o Mengo no Rio. Uma vitória daria aquele embalo na busca de sair da zona de rebaixamento. Está agora a quatro pontos da primeira equipe que hoje se salvaria (o Bahia), seu próximo adversário, na quarta lá em Salvador. 

O Figueirense é uma “pedra” no sapato do rubro negro e tem demonstrado ser nesse Brasileiro, um time muito compacto e equilibrado, que vive mais da base da força do conjunto do que das individualidades. Foi um empate sem graça. De positivo, o retorno de Paulo Baier, que entrou no intervalo e demonstrou que pode ajudar o Furacão nessa caminhada para escapar da degola.

Na próxima quarta já tem um “pega” daqueles, lá na Boa Terra. Mas tem que se ter a sabedoria para encarar a situação: a vitória é importante, mas a derrota é mortal. Prudência e caldo de galinha não fazem mal para ninguém.

Coritiba: 1x1, sem pijama

O goleiro Vanderlei defendeu o penalti no Beira-Rio
O Coxa foi ao Beira-Rio enfrentar o Inter e voltou com um pontinho na bagagem. Bom resultado. Principalmente se levando em conta que tomou um gol logo de cara e teve que remar muito para buscar o resultado. Na classificação muda pouco ou quase nada, mas mantém o time em 9º lugar, a quatro pontos da zona da Libertadores. 

No primeiro tempo do jogo deste domingo, o Coxa teve 60% de posse de bola, mesmo na casa do adversário. Mas terminou perdendo por 1x0. Na segunda etapa, empatou logo no comecinho, com o zagueiro Émerson e depois, mais no final da partida, andou levando até um certo sufoquinho: duas bolas na trave e um pênalti defendido pelo goleiro Vanderlei. Mas segurou o empate, que acabou sendo até comemorado por alguns jogadores.

De bom: a atuação do jovem zagueiro Lucas Claro, que demonstrou personalidade e muita qualidade, principalmente se levando em conta que marcou Leandro Damião, o principal atacante do futebol brasileiro no momento. Não vejo como o Marcelo Oliveira possa pensar em tirá-lo da equipe titular. Pelo que está jogando merece ficar.

De ruim: mais uma vez, as substituições surtiram efeito negativo, pois os que entram acrescentam pouco à equipe. Isso vem se tornando regra e é preocupante, pois uma equipe depende de mais do que 11 jogadores. O banco de reservas tem que ser mais eficiente para que se possa sonhar em melhores posições.