terça-feira, 30 de agosto de 2011

Solidariedade

Hoje é terça-feira, "Dia de Poesia". No entanto lhes apresento uma crônica belíssima que trata de um tema antigo, atual e futurista: A solidariedade... ou a falta dela. Em tempos do mais total e absurdo individualismo, onde as pessoas só olham para o próprio umbigo, esquecendo que pertencem a uma coletividade e nela estão inseridas, queiram ou não; dias onde falta paz, carinho, o aperto de mão, o abraço amigo; era do egoísmo, do abandono, do descaso, da solidão...

SOLIDARIEDADE

Solidariedade... É uma palavra diferente.
É uma palavra que incomoda um pouco...
Incomoda porque embora seja difícil de pronunciar, é o seu verdadeiro significado que “faz mexer”...
Fundamenta-se em valores que não conseguimos quantificar por maior que seja o número em reais (ou a falta deles).
Mas o que é a Solidariedade?
O que é ser solidário?
Lanço-lhes o desfio de lerem esta mensagem até ao fim. Apenas isso.
Ser Solidário é acima de tudo, respeitar, incondicionalmente tudo o que nos rodeia...
Ser Solidário é sentir a necessidade ínfima de partilhar...
Ser Solidário é perceber que as diferenças só existem porque é mais fácil criar distâncias do que gerir dificuldades...
Ser Solidário é sentir que é possível mudar, o que está errado. E que para isso basta acreditar...
Ser Solidário é querer ir mais além, é ser mais alto interiormente, é ser maior de coração...
Ser Solidário é perceber que a alegria de dar é indiscutivelmente superior à de receber...
Ser Solidário é estender a mão, sem olhar à cor, ao sexo, ao estatuto social (ou à falta dele) e à conta bancária (desculpem-me a ironia)...
Parece-lhes utópico tudo isto?
Um romancezinho-semi-sonho com final feliz?
Não é! Garanto!
Apenas defendo, porque acredito que a interiorização de um sentimento desta índole, torna-nos efetivamente “pessoas melhores “...
E Solidariedade só quando é Natal?
Ou quando a Natureza “avisa” que ainda manda nisto tudo?
NÃO!!! NATAL É QUANDO UM HOMEM QUISER!!!
Sermos solidários, quando percebermos que é possível fazer alguma coisa, dizer NÃO, ao egoísmo em que todos vivemos, ao nosso fácil acomodamento, face à miséria, à solidão; à injustiça social e a tantas mas tantas coisas mais...
É mais fácil pensar que não é conosco se algo de profundamente errado e injusto se passa ao nosso lado:
- Sabia que há pessoas a passar fome?
- Sabia que há crianças com apenas poucos meses que vivem em carros abandonados?
- Sabia que há crianças que têm como companheiros de brincadeiras, nos seus “pseudo-quartos”, muitas baratas, e até cobras?
- Sabia que há famílias como a minha e como a sua a viver em currais de porcos e outras “habitações afins”?
- Sabia que se pode morrer de solidão?
Se não sabia, soube agora que tudo isto é real e que se passa bem mais perto de si do que pensa… CONSEGUE, AINDA ASSIM, SENTIR-SE UMA PESSOA FELIZ???
Vivemos num mundo de quimeras adiadas, frustradas e cansadas...
Num mundo de mácula, atolado de “mentes vazias” perdidas no seu “ego”, na sua majestosa moradia, nos seus carros “último modelo”...                                                               Completamente mergulhados numa vida egocêntrica, que nos condena irreversivelmente à solidão. Acredita que podemos mudar isto?
Eu acredito, porque afinal...  A DISTÂNCIA É A DE UM PASSO.

(publicado por Fly – Luso Poemas – www.luso-poemas.net)

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O que foi e o que será

Fim do primeiro turno do Brasileirão 2011. Hora das análises de desempenho na 1ª fase, dos números, e das expectativas futuras. Não tenho muito jeito para “Herculano Quintanilha”, mas vamos lá.
O Coxa
Minha expectativa inicial para o desempenho do Coritiba neste Brasileirão (baseado no excelente 1º semestre, principalmente o da Copa do Brasil) era de briga do 10º lugar para baixo. Com possibilidades reais de se pensar em vaga para a Libertadores.
O Coritiba, de fato, entrou no Brasileiro depois da quarta rodada, pois decidia até então a Copa do Brasil. Terminou o turno em nono lugar (portanto, dentro das minhas expectativas), com 26 pontos ganhos e 45,6% de aproveitamento. Se considerarmos a campanha da quinta rodada em diante, são 23 pontos ganhos em 15 rodadas, o que resulta em um aproveitamento de 51%, o que lhe daria o 7º lugar nesta fase.
Melhor ainda se analisarmos as últimas sete rodadas. São 12 pontos conquistados em 21 possíveis. Desempenho que lhe colocaria brigando com o Botafogo pelo 5º posto. Com todos estes números pode-se dizer que o Coritiba está crescendo na competição e que possivelmente vai terminar este campeonato dentro da zona que eu previa de início, com chances de brigar por uma Libertadores.
O Furacão
De início, pelo desempenho mediano no Paranaense e na Copa do Brasil, imaginava o Atlético/PR birgando entre o 8º e o 12º lugar, exatamente a zona intermediária de classificação. O rubro negro não foi brilhante no 1º semestre, mas em minha opinião, muito longe de ter sido péssimo (como muitos, a maioria talvez, disseram). Sempre enxerguei qualidades individuais no grupo atleticano, que não se completavam como equipe. Faltava o “bom cozinheiro”para acertar a receita, com os ingredientes de qualidade que tinha. E o cozinheiro veio do Sul.
Depois da chegada de Renato Gaúcho as coisas melhoraram muito. Analisando os números do 1º turno, o Furacão acabou com 18 pontos ganhos, na 17ª colocação, com aproveitamento de 31,6%. Campanha fraca para o elenco que possui. Mas vamos esquecer as primeiras oito rodadas, onde só ganhou um ponto. Nas últimas 11 rodadas, somou 17 pontos, com aproveitamento de 51%, o que lhe daria hoje o 7º posto (melhor do que eu imaginava de início) que é do Cruzeiro, com 47,4%.
Se pegarmos as últimas sete rodadas do certame a coisa fica melhor ainda. Foram 13 pontos em 21 possíveis. Ou seja, 61,9% de aproveitamento, o que lhe colocaria atrás somente de Corinthians e Flamengo, neste turno. Por tudo isso, é nítido o momento ascendente do Atlético/PR na competição. Poderá manter este aproveitamento de 61,9% no segundo turno da competição? Creio que sim. E aí somaria mais 35 pontos, que somados aos 18 de hoje totalizariam 53, ao final do campeonato. Este número, na média dos últimos anos, corresponde ao 10º lugar. Dentro do que imaginava.
O Tricolor
Minha impressão, antes do início da Série B, era que o Tricolor teria sérias dificuldades no certame, que historicamente é muito equilibrado e difícil. Mas o Paraná Clube me surpreendeu (e acredito que a todos), se ajustando rapidamente, com um time novo, em relação ao Paranaense. Em 2/3 do primeiro turno esteve bem, mas derrapou no final.
Acabou o turno com 28 pontos, na 7ª colocação, com 49% de aproveitamento. Permaneceu no G4 por 16, das 19 rodadas da primeira fase. Mas diferente da dupla Atletiba, apresenta um “viés de baixa”. Está a somente dois pontos do G4, mas o que de fato preocupa é a queda acentuada de rendimento da equipe.
Analisando-se somente as sete últimas rodadas, o Tricolor somou cinco pontos dos 21 possíveis, ou seja 23,8% de aproveitamento. Com este índice no segundo turno, dos 57 pontos, ganharia mais 12. Resultado: 40 pontos no total e rebaixamento para a Série C.
É claro que pelo bom futebol que apresentou nas primeiras 12 rodadas do certame é de se esperar uma reação Tricolor. A equipe que já foi sólida, equilibrada e bem distribuída em campo, foi se “desconstruíndo” pelas constantes mudanças de escalação e de tática de jogo. Ainda há tempo para se reagir e retomar o rumo, antes que seja tarde.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O Atletiba é muito mais que uma arbitragem


Sábado é dia de Atletiba. Festa do povo
O sábado de Atletiba está chegando. Dia especial para o futebol paranaense. Jogo bom de se jogar, de se assistir, de alguma forma dele participar. Incompreensível somente o fato de que as atenções (ao invés de estarem no duelo dos atletas dentro das quatro linhas, na guerra tática entre os dois grupos e seus bons comandantes, na disputa de qual é a torcida mais participativa, mais bonita, mais quente) estejam no desempenho do árbitro que apitará o clássico.
Chega a ser constrangedora a posição do Atlético/PR sobre este tema. Que a torcida tenha seus “tabus” e superstições, suas verdades passionais e totalmente parciais, ainda se compreende. Mas os dirigentes de um clube como o Furacão chegarem ao ponto de enviar carta à CBF pedindo a substituição de um árbitro beira o ridículo.

Dia de Atletiba é dia dos ídolos brilharem, como Sicupira e Hidalgo. E não os árbitros

Em minha carreira como atleta de futebol, tive o prazer de atuar pelos três grandes clubes de Curitiba. E em todos eles existia a convicção de que seriam prejudicados pelas arbitragens. Ora, se todos são prejudicados, quem será o beneficiado então? Cada declaração de um dirigente de um dos clubes em que eu estivesse atuando, dizendo temer a arbitragem, me doía como um tapa na cara. Se o dirigente se achava incapaz de vencer o clássico devido ao árbitro era porque não acreditava em seus atletas. Inclusive em mim. E eu sempre acreditei e confiei na minha capacidade. E principalmente na capacidade dos grupos de jogadores com quem joguei.
Héber Roberto Lopes apitará o clássico
Será que o “medo” do presidente do Atlético/PR de que o árbitro Héber Roberto Lopes venha a decidir o próximo Atletiba premeditadamente não soará para o Renato Gaúcho (que disputará o seu primeiro clássico) como descrédito? Marcos Malucelli acredita que Mádson, Cléber Santana, Manoel, Kléberson e seus outros guerreiros são capazes de vencer o Coritiba? Não parece. Eu acredito que o Rubro Negro seja bom o suficiente para vencer o Coxa, no Couto ou na Arena. Se não vence há algum tempo é porque assim é o futebol. E não porque o árbitro favorece sempre o Coritiba.
O certo é que com Héber, ou com seja lá quem for, no apito, o Atletiba é, e será sempre, eletrizante. Por mais que os dirigentes façam para acabar com a aura mística desse confronto.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

"Parabéns prá você... PAULO LEMINSKI"


Hoje, o nosso poeta maior, curitibano de nascimento, de alma universal, Paulo Leminski, comemora 67 anos. Sim, comemora, porque poeta não morre, se torna IMORTAL. Valeu, Cachorro Louco... Polaco... você provou que gênio pode nascer também aqui na nossa terra.
E para comemorar esta data (que deveria ser feriado em Curitiba: Dia dos Poetas Curitibanos), vai um pouco da obra desse domador de palavras...




"esta vida é uma viagem
pena eu estar
     só de passagem"











" Acordei bemol
Tudo estava sustenido

Sol fazia

Só não fazia sentido"





 
        
        "Apagar-me
           diluir-me
              desmanchar-me
                 até que depois
                    de mim
                 de nós
              de tudo
           não reste mais
        que o charme"







"pelos caminhos que ando
    um dia vai ser
      só não sei quando"