quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

O retorno do ídolo Ricardinho



Ricardinho está de volta ao Paraná Clube. Não mais para enlouquecer a galera com a sua “canhotinha encantada”, mas sim para dirigir a equipe tricolor, como técnico. Uma nova etapa para o ídolo tricolor. A torcida já demonstrou o carinho e a alegria pelo retorno de Ricardinho com milhares de mensagens de boas vindas nas redes sociais.

O momento do clube é muito difícil. 2012 será um ano de desafios. Fundamental retornar à elite do futebol Paranaense. E se possível, mais esperado e festejado ainda seria o regresso à Série A do Brasileiro. Começa o ano com poucos jogadores no elenco (e a maioria que ainda está por aqui não mostrou o suficiente para ficar) e com o um técnico debutante. Ricardinho pode, por sua popularidade e conhecimento, ser o aval que faltava para desconfiados atletas que ouvem sempre notícias ruins do Tricolor, como atrasos (ou falta até) nos salários e falta de estrutura.

Agora, prioritário também é preparar o fanático e feliz torcedor paranista. Ricardinho terá muitas dificuldades, no início da sua trajetória como comandante, e dependerá da paciência de todos – dirigentes, torcedores e imprensa – para superá-las e levar o clube à recuperação. Alguns já me perguntaram o que acho... e respondo, sem subir no muro:
Sem levar em conta que seja o Ricardinho, e nem a situação do Paraná, vejo como muito difícil (mas muito mesmo) o sucesso imediato de um jogador que para de jogar e já assume, como técnico,  uma equipe profissional. Acredito que alguns anos nas categorias de base e/ou como auxiliar técnico, só fariam bem. Experiência é repetição, e o jogador em atividade tem uma visão totalmente equivocada da função do treinador, do comando. São coisas totalmente diferentes.

Agora, se me perguntarem se acho fácil algum menino aqui de Curitiba se tornar ídolo de uma das torcidas do Trio de Ferro; jogar na Europa, com sucesso; retornar ao Brasil e virar xodó de uma das duas maiores torcidas do Brasil; ser campeão do mundo por clubes e pela Seleção; disputar duas Copas do Mundo; eu responderia: muito difícil (aliás, mais do que muito). E isso Ricardinho fez.

Portanto... seja bem vindo, Ricardinho. Você, além de um guri (que eu conheci ainda “juvenil”) espetacular, que se tornou um homem íntegro e honrado, é um vencedor, um predestinado. Que Deus te ilumine no seu novo desafio. Estou e estarei sempre torcendo pelo teu sucesso.  

domingo, 15 de janeiro de 2012

Chega de insanidade






Os atos que envolveram (e ainda envolvem) a “disputa de força e poder” entre Coritiba, Atlético/PR e Federação Paranaense de Futebol (FPF), pela definição do local onde o Furacão irá mandar os seus jogos enquanto a Arena estiver em reforma, não fosse trágica, seria cômica. Ou ridícula até.
O Atlético estampa a falta de humildade e arrogância, que são marcas registradas de seu atual presidente, querendo impor, malandramente, a sua vontade; o presidente Hélio Cury, da FPF, mostra um despreparo total,  manipulado tal qual um marionete, nas mãos do mandatário rubro-negro; o Coritiba, com a evidente e justa posição de manter a soberania do seu patrimônio, mas ao mesmo tempo, deixando transparecer uma ponta de soberba, por hoje estar em posição de vantagem sobre o maior rival. O preocupante é que todos esquecem que suas ações mexem com gente, com paixão, e, irresponsavelmente tratam de assunto tão simples, mas sério e relevante, como se fossem meninos de colégio brigando por qualquer coisa banal.
Ora, Petraglias, Vilsons, Hélios, (no plural, pois representam seus pares), não deixem de lembrar que suas ações repercutem por toda a cidade. Principalmente em algumas cabeças de irresponsáveis comandantes de torcidas organizadas (ou de alguns que assim se intitulam) que já pregam a retomada das armas e uma guerra santa em defesa da pátria ultrajada. E tudo por conta de um aluguel de estádio.
Se já é bárbara a atitude de torcedores ameaçando atos violentos caso a locação do Couto Pereira se efetive, o que falar das declarações dos “conselheiros”alviverdes, em sua maioria senhores de idade já avançada, tradicionais empresários e cidadãos honrados de nossa cidade, que deixam de lado a racionalidade para demonstrarem uma injustificável ira contra outra instituição, um ódio fundamentalista que assombra.
Nesse caso, sugiro que por serem em maior número, os torcedores de Coritiba e Atlético/PR, aluguem o Estádio Durival de Britto, que fica quase no meio do caminho entre as sedes, para um combate épico, onde só o melhor e mais forte sobreviva.
E os conselheiros e diretoria de ambos os clubes, liderados pelos generais  Petráglia e Vilson, ocupem a Praça Oswaldo Cruz (também a meio caminho), e lutem até a morte pela honra de suas bandeiras, pela “fundamental” razão de alugar ou não um estádio de futebol.
Ou, inspirados pelo cidadão que dá nome ao Centro de Esportes localizado na mesma praça, Dirceu Graeser, jornalista já falecido, que entre tantas coisas boas e relevantes que fez na vida, cantava, e cantava a PAZ, raciocinem como adultos responsáveis, discutam como representantes de tradicionais agremiações que de fato são, e cheguem a um consenso a respeito de tema tão simples quanto a locação de alguma coisa.
 Ah... vale lembrar. No tempo em que Dirceu Graeser era um dos (se não o principal) jornalista esportivo do estado do Paraná, o Atlético/PR (e também o Colorado) alugavam o Belfort Duarte/Couto Pereira) para os seus grandes jogos... e nenhum presidente, dirigente ou conselheiro Coxa (até alguns daqueles “vetustos” já citados e que ainda hoje lá estão) demonstrava a atual indignação ou era massacrado por tal ato. Aliás, naquele tempo, acho que os mandatários coxas-brancas usavam a grana dos aluguéis para montar bons times de futebol.
O mundo precisa de muitas coisas para ser melhor. Mas acredito que sentimentos como fraternidade e solidariedade deveriam ser mais exaltados e aclamados pelas pessoas de bem.