segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Nem "Lixão" nem "Zona Sul"


Depois da “sapecada” aplicada pelo Coritiba no Cruzeiro, nesse último domingo – 4x0, fora o baile – os comentários e colunas sobre o alviverde já mudaram completamente. Antes, era o time medíocre que estava destinado a cair para a Segunda Divisão; hoje já se exalta o retorno ao nível técnico de 2011. São análises simplistas ou populistas. Sinto-me cômodo em debater o assunto, pois se não enxergava a “terra arrasada” apregoada por muitos, também não percebi um desempenho tão acima das últimas partidas, com exceção ao número de gols marcados e o resultado final do jogo.

Éverton Ribeiro foi o melhor em campo
O Coritiba veio de uma sequência muito difícil, onde enfrentou adversários que ponteiam a competição, como Fluminense (vice-líder), Atlético/MG (atual líder), Corinthians (melhor equipe do Brasil, em minha opinião) e Vasco (terceiro colocado). Só conseguiu um pontinho, no empate contra o Vasco. Mas jogou de igual para igual com todos esses, tendo chances de vitória nas quatro partidas. Contra o Cruzeiro foi melhor, conseguiu abrir 2x0 na primeira etapa, e na segunda finalizou com mais dois gols. E foi pouco ameaçado em sua defesa.

Analisando friamente a campanha do Coxa, pode se destacar duas fases distintas: a primeira, até a nona rodada, quando disputava simultaneamente a Copa do Brasil; a segunda, da 10ª a 18ª rodada, finalizada contra o Cruzeiro. Na primeira, foram apenas sete pontos ganhos, com aproveitamento de 25,9%. Na segunda, 12 pontos conquistados, em um aproveitamento de 44,4%. Mesmo com a cruel sequência dos últimos cinco jogos.

Caso o Coritiba tivesse mantido o aproveitamento dos últimos nove jogos (44,4%) desde o começo, hoje teria 24 pontos na tábua de classificação e seria o 10º colocado, um posto à frente do Corinthians. Pelo nível técnico do grupo e pelos vários problemas clínicos enfrentados pelo clube, imagino ser esse o potencial alviverde em 2012, navegar entre a 8ª e a 12ª colocação. E não de rondar a zona de rebaixamento, como agora.  Basta manter o desempenho das últimas cinco rodadas no restante da competição, que conquistará mais de 50% dos pontos que disputar.


quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Aprendizado


O torcedor brasileiro é mesmo um ser estranho. O futebol repetiu as melhores campanhas feitas até agora em Jogos Olímpicos: medalha de prata. Mas é considerado um derrotado, fracassado. Com esse raciocínio, todas as gerações do futebol brasileiro são fracassadas.

Muitos aplaudiram as colocações de Romário, que ofendeu e humilhou o técnico Mano Menezes após a derrota na final. Para mim, foram comentários grosseiros e mal-educados (como o autor).  Evidente que ele estava lá para opinar e tinha o direito de criticar ou elogiar como quisesse. Mas não de ofender e nem de desrespeitar ninguém. Mano foi tão vice-campeão como o próprio Romário, em 1988 (ou será que ele se esqueceu dos Jogos de Seul?). Com a diferença que o Baixinho estava dentro do campo e poderia (se fosse tão fácil assim) decidir ele mesmo a parada.

E o torcedor ainda coloca em um garoto de 19 anos toda a responsabilidade de uma equipe consagrada, como a brasileira, e mesmo que ele tenha feito gols, dado assistências, se empenhado nas partidas, só se leva em conta o baixo desempenho na final e a oportunidade de conquista do inédito ouro olímpico desperdiçada. Ora, cara-pálidas... pouquíssimos de nós, mortais, aos 19 anos estaríamos preparados para tamanho fardo.

Valeu, Brasil!!! Valeu, Neymar!!! A medalha de ouro tão sonhada não veio, mas que os Jogos Olímpicos sirvam de ensinamento e fator de crescimento para esses meninos. E para o futebol brasileiro como um todo. 

Depois do tratamento dado ao ponteiro Giba, ídolo maior da melhor equipe de voleibol de todos os tempos, e ironizado depois do fraco desempenho na final contra os russos, nada mais pode surpreender. Giba deveria ser enaltecido pelos torcedores brasileiros, pelo conjunto de sua linda obra e não ironizado por apenas uma derrota. Giba, você é eterno. Obrigado por ser brasileiro.


sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Brasil ganha 7 medalhas na primeira semana dos Jogos Olímpicos


Fechada a primeira semana dos Jogos Olímpicos de Londres, o Brasil apresenta sete medalhas já conquistadas. No primeiro dia vieram três (um ouro e dois bronzes); na quinta-feira (2), a judoca Mayra Aguiar levou o bronze, na categoria até 78 kg; e nesta sexta-feira repetimos o primeiro dia, com mais três vitórias: o judoca Rafael “Baby” Silva, bronze na categoria acima de 100 kg, César Cielo, bronze nos 50 metros livres e a na Vela, a dupla Robert Scheidt e Bruno Prada, da classe Star, já garantiu o bronze, que ainda pode virar prata ou ouro na última regata.

O judô brasileiro fez a sua melhor campanha em Olimpíadas, com quatro medalhas conquistadas (um ouro e três bronzes), além de colocar sete atletas entre os oito melhores do mundo.

Cielo chora ao receber a medalha de bronze
A natação fechou com uma prata, de Tiago Pereira nos 400 metros medley, além do bronze de Cielo. Talvez se esperasse um pouco mais, como uma segunda medalha de Tiago (nos 200 metros medley), e um ouro (no lugar do bronze) para o “Césão”. Mas novamente a natação contribui com conquistas.

Nos esportes coletivos, duas modalidades já se despediram dos Jogos: o futebol feminino, ao perder nesta sexta por 2x0 para o Japão, nas quartas de final e o basquete feminino, que ainda tem mais uma partida a realizar, mas já sem chances de classificação. O vôlei feminino, depois da surpreendente derrota para a Coréia do Sul, joga a sua classificação na última rodada, quando precisa vencer a Sérvia e torcer por resultados, mas ainda respira.

Handebol feminino, além do voleibol, basquete e futebol masculinos, já tem a classificação garantida, mas ainda precisam definir posição e próximos adversários. O futebol encara Honduras, neste sábado, já pelas quartas de final.

No vôlei de praia, as quatro duplas brasileiras passaram para as oitavas. Hoje, Juliana e Larissa e a dupla Ricardo e Pedro Cunha venceram suas partidas já garantiram vaga nas quartas de final. Amanhã é a vez de Emanuel e Alisson, além de Maria Elisa e Talita tentarem o mesmo.


E começou o atletismo, mas com poucas esperanças de conquistas brasileiras. É por aí. Que venha o fim de semana olímpico.