A cada rodada deste incrível Brasileirão 2011 os resultados
vão provando que o equilíbrio é a tônica da competição, e que quem na sexta
rebaixa alguns e dá o título a outros, na segunda-feira já tem que mudar os
seus conceitos.
Na última sexta-feira, vimos, lemos e ouvimos o decreto de
que o Atlético/PR já estava rebaixado, que perderia (de goleada, na opinião de
muitos) para o Flamengo, no Rio de Janeiro. Que o Coritiba não tinha mais
solução, que era uma equipe sem força ofensiva, apática, sem alma. E que o
Paraná, depois dos “excepcionais”desempenhos (que só Roberto Fonseca viu) na
vitória contra o Boa Esporte e na derrota contra a Portuguesa, passaria por
cima do Americana e, quem sabe, até voltaria ao G4.
O Coxa
A galera alviverde foi ao delírio com os 5x0 sobre o Fogão |
Neste domingo, à tarde, o Couto Pereira viu um Coxa
vibrante, atrevido, aceso. E com o mesmo Marcos Aurélio, já taxado de
“substituível; Tcheco, de lento e sonolento; o centroavante Bill, lutador, mas
que não faz gol; e por aí vai. Todos eles mostraram, em um atropelamento no
Botafogo (líder por pontos perdidos), a sua qualidade, a sua utilidade para o
grupo.
Alguns já cobrarão um ou dois coxas na seleção do Mano, na
quarta, contra “los hermanos”. Nem isso, nem aquilo. Continuo acreditando que o
Verdão briga do 10º lugar para baixo, com possibilidades de beliscar uma
Libertadores, caso encontre um equilíbrio maior fora do Couto Pereira.
O Furacão
Guerrón fez de tudo. Até ser expulso |
Um pouquinho mais tarde, o rubro negro paranaense deu um
“sacode” no carioca. No embalo do equatoriano Guerrón (já morto e enterrados
para muitos) abriu 2x0, e não fosse a “bobeira” dele mesmo, ao ser expulso no
final da segunda parte da partida, o placar poderia ter sido até maior. Com 10, tomou um gol e levou um sufoco
daqueles, de fazer o coração dos atleticanos ficar apertado. Mas foi uma
vitória de lavar a alma e dar moral para a sequencia.
A luta contra o rebaixamento continua. E as dificuldades
certamente também. Pela frente, Figueira (em casa), Bahia (decisão antecipada,
lá em Salvador) e Fluminense, (novamente na Arena). Muitos podem exigir as
vitórias em casa, e não perder lá na Bahia. Seria a lógica. Mas a competição se
mostra ilógica. Prefiro pensar jogo a jogo. Força e concentração máximas para
vencer os catarinenses no próximo jogo. Nem que custe o gato.
O Tricolor
Roberto Fonseca caiu depois de mais uma derrota em casa |
Outra derrota em casa, 1x0 para o Americana, custou a cabeça
do técnico Roberto Fonseca. Há cinco ou seis jogos já se previa essa queda. Naquele
momento o Paraná estava em 4º lugar, já em queda, e apresentando os mesmos
problemas de hoje. Se não se confiava em Fonseca para conduzir o clube até o
final, aquela era a hora da mudança. Se passaram cinco jogos, com três
derrotas, um empate e uma vitória. Quatro pontos ganhos em quinze, ou 27% de
aproveitamento, o que se mantido, levará o Tricolor para a zona de rebaixamento.
Foi um desperdício de tempo. E de pontos.
Não crucifico a diretoria, pois quando o desempenho e o
trabalho do grupo estão “mais ou menos”, sempre se dá um jogo a mais. Sou
absolutamente contra as trocas constantes de comando. Como também sou
radicalmente contra as constantes mudanças feitas pelo Fonseca, que como já
disse antes, construiu e “desconstriu” uma equipe de futebol. Sai na hora
certa. Que os anjos conduzam um bom técnico ao comando do Tricolor. Faltam
quinze jogos. Quarenta e cinco pontos em jogo. Faltam uns 33 pontos para o
acesso, ou 73% de aproveitamento. Possível? Certamente que sim, mas com um
comando forte e competente. Difícil? Muito. Muitíssimo. Mesmo com um comando
forte e competente.
Na terça-feira (13), aqui no Blog, o segundo "PAPO CABEÇA", com uma entrevista com o mais importante jogador da história do Paraná Clube, em minha opinião. Só não esqueçam que o Paraná Clube nasceu da fusão entre Pinheiros e Colorado, e portanto, os atletas desses clubes também fazem parte da rica história Tricolor. Quem arrisca um palpite?
Confiram...
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