A última quinta-feira foi de muita emoção. Três gênios do
esporte me fizeram chorar. Mas de alegria, contentamento, encantamento. Messi e
Neymar, pelas atuações e, principalmente, pelos gols belíssimos, verdadeiras
obras primas, quadros de Van Gogh, sinfonias de Bethoven, poemas de Drummond.
Guga (que já fez tudo isso e mais um pouco em sua extraordinária carreira de
tenista, encerrada precocemente em 2008), pela sua simplicidade e generosidade -
exemplos raros nos dias de hoje - ao receber a indicação para o International
Tennis Hall of Fame & Museum, onde a partir de julho fará parte do Hall da
Fama.
Neymar
O Santos venceu o Internacional nesta quarta-feira, em
partida válida pela Libertadores da América, por 3x1. Mas o expressivo resultado ficou em segundo
plano ofuscado pelos três gols do jovem atacante. Dois deles foram dignos de
entrar para a história. Positivamente o palco (a Vila Belmiro, onde Pelé
encantou o mundo há cinco décadas) inspira os gênios.
Foram duas arrancadas do campo defensivo, com Neymar
conduzindo a bola, submissa, em altíssima velocidade, driblando quatro ou cinco
desesperados colorados, que nem falta conseguiram fazer. E o endiabrado
atacante levou a “pelota” até a área adversária e, como já disse o poeta
Benjor, “só não entrou com bola e tudo porque teve humildade”.
De aplaudir em pé. Como já se fez com Maradona, na Copa de
1986, contra a Inglaterra; com Ronaldo, jovem ainda, pelo Barcelona, na década
de 90; e com Messi, há alguns anos atrás, em gol também pelo Barça.
Messi
Na quarta-feira, pela Champions League, o Barcelona fez
história. Venceu o jogo de volta, Bayer Leverkusen por 7x1, jogando em
Barcelona. Há duas semanas na casa dos vice-campeões alemães, já havia sapecado
um 3x1. No resultado agregado, 10x2 para os espanhóis, um dos mais elásticos
placares de todos os tempos na Champions Legue, em uma fase de mata-mata.
Muito? Até seria. Mas o mundo, boquiaberto, nem falou da
atuação de gala da equipe catalã. O tema principal foi o desempenho de Lionel
Messi. Genial é pouco. Cinco gols e um show. Dois gols por cobertura, com
toques sutis, um de perna esquerda (já sabidamente habilidosa) e um de direita.
Nos outros três, dribles curtos, chutes secos, nos cantos, e oportunismo ao
apanhar o rebote do atarantado goleiro alemão.
Guga
O International Tennis Hall of Fame & Museum anunciou
nesta quinta-feira o que Gustavo Kuerten fará parte do Hall da Fama. Em evento
realizado na sede do Banco do Brasil, em São Paulo, a entidade americana
oficializou a aprovação do maior representante da história do tênis masculino
do País, tricampeão de Roland Garros e ex-número 1 do mundo por 43 semanas.
Acompanhei toda a trajetória de atleta de Guga, e pude
conhecê-lo pessoalmente quando trabalhei no Avaí (clube do coração de Gustavo).
A humildade e simplicidade são marcas registradas do “manezinho da ilha”. Nessa
quinta-feira, ao receber a confirmação de tão grande honraria, fez questão de
destacar o trabalho de Larri Passos, seu treinador e mentor, e a importância da
família no sucesso de sua carreira. E de quebra, afirmou que o mais importante
em sua trajetória, foi ter conseguido aproximar o tênis do povo, e por
consequência, poder ter estado sempre ao lado das pessoas comuns.
É verdade Guga. Você está dentro do coração de cada
brasileiro. E Guga chorou. E com ele, todos os que amam o esporte.
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