O Coritiba está mais uma vez na final da Copa do Brasil. Com
uma convincente vitória por 2x0 contra o São Paulo, levou à loucura o Couto
Pereira (estranhamente não lotado) nesta quarta-feira fria e chuvosa, e
garantiu sua vaga na decisão. Já havia jogado melhor que o adversário no jogo
de ida, em São Paulo, mas acabou derrotado. Desta vez foi eficiente, atacando e
defendendo, sem dar chances ao Tricolor do Morumbi.
Hoje diversos analistas de futebol e torcedores do clube
enaltecem a conquista. Uma enxurrada de elogios ao clube e, principalmente, ao
seu treinador, Marcelo Oliveira. Justas. Mas o que foi diferente do primeiro
jogo contra o São Paulo? Ou no jogo final da Copa do Brasil de 2011, contra o
Vasco da Gama? Em meu ponto de vista nada, além do placar do jogo.
No Morumbi, quarta-feira da semana anterior, o Coritiba
impôs o seu estilo de jogo, fechou os espaços, e criou algumas situações para
abrir o placar. Mas o talento do jovem atacante são-paulino Lucas venceu tudo
isso, no último minuto da partida. Na final de 2011, o Coritiba atropelou o
Vasco, venceu por 3x2, mas como havia perdido o jogo de ida, no Rio de Janeiro,
por 1x0, amargou o vice-campeonato.
Nas duas oportunidades as críticas ao clube e seu técnico
foram ácidas e contundentes. Retranqueiro, despreparado, ingênuo, incompetente,
foram algum dos adjetivos utilizados por boa parte dos analistas e torcedores.
Discordo totalmente daqueles posicionamentos. Em ambos os casos o Coritiba foi
melhor e merecia melhor sorte. Mas o futebol apresenta situações e soluções que
fogem ao controle de qualquer pessoa.
Ou alguém duvida que se a bola chutada pelo atacante Luis
Fabiano, depois dos 40 minutos do segundo tempo, que passou a centímetros da
trave direita de Vanderlei tivesse entrado, Marcelo Oliveira estaria sendo
chamado novamente de retranqueiro, burro, ou coisa pior?
Fico com uma colocação de Tostão, gênio dentro de campo e o
melhor colunista esportivo do país (em minha humilde opinião): “No futebol as
pessoas sempre querem explicação para tudo. Só que muitas vezes, as coisas
simplesmente acontecem”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário