segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

SEGUNDA É DIA DE ESPORTE: Coxa Campeão!!! Paraná perde mais uma


O TÍTULO ANUNCIADO

E nem parecia Atletiba. Até os 30 minutos do primeiro tempo foi jogo de um time só. O Coxa, neste período, fez uma exibição brilhante, anulando completamente o rival, que passivamente assistia o desfile alviverde. O duelo tão esperado no meio-campo era desigual: de um lado, Leandro Donizetti, Léo Gago, Rafinha, Marcos Aurélio e Davi, movimentavam-se constantemente pelo gramado, trocando passes e confundindo os marcadores rubro-negros; do outro lado, Vitor, Fransérgio, Paulo Baier e Mádson, não viam a cor da bola, não conseguindo marcar os adversários e muito menos construir jogadas de ataque. Bill, Jonas e Davi fizeram os gols: 3x0, fora o baile.
Após a primeira meia hora, o Coritiba voltou a cometer o mesmo erro de outras partidas, ao desacelerar o jogo, e permitir que o adversário, até então dominado pela sua velocidade e movimentação, possa reagir e começar a levar perigo. Sei que é difícil se manter o ritmo forte durante 45 minutos, mas creio ser possível se poupar, em determinados momentos, sem se tornar tão frágil. Como castigo a esta postura (a bola pune, como dizia mestre Geraldino) alviverde, o Atlético diminuiu, com Nieto, de cabeça, nos últimos instantes da primeira etapa. E ainda fez o segundo, aos três minutos, através do mesmo Nieto, novamente de cabeça.
O que chegou a aparentar uma goleada tornou-se uma batalha. O Atlético, mais na base da emoção que da técnica, partiu em busca do empate. E o Coxa parecia indeciso em segurar o 3x2 ou tentar retomar o que de muito bom havia feito no início do clássico. E a bola que poderia ter mudado a história do clássico apareceu. Falta frontal à meta alviverde, dentro da meia lua. Para a execução, Paulo Baier. Creio que quase todos os presentes no Couto Pereira prenderam a respiração naqueles segundos, que pareceram uma eternidade: os atleticanos, certos de que seu maestro empataria a partida; os coxas, secando Paulo Baier. E Baier mandou a bola lá na Igreja. Irreconhecível ontem, o melhor jogador e artilheiro do campeonato, até aqui. Pouco, ou quase nada, fez de construtivo para o Furacão.
Um pouco mais adiante, Davi faria o quarto gol e definiria o placar. E ainda teve a ajudazinha do Guerrón - que acabara de entrar em campo – expulso por agressão. No final das contas, o resultado foi justo, pois premiou o melhor time do turno. Ataque mais positivo, com 25 gols feitos; defesa menos vazada (ao lado do Arapongas), com sete gols sofridos. E sete pontos à frente do segundo colocado, neste momento, o Operário, de Ponta Grossa. A ressaltar, o goleiro Silvio, do Furacão, que andou fazendo uns milagres, no final da partida, evitando o que poderia ter se tornado uma goleada histórica. Parabéns ao Coritiba, campeão, com todos os méritos.

TRICOLOR: UMA TRISTE REGULARIDADE

Em Arapongas, na tarde de ontem, o Paraná Clube voltou a perder. E voltou a tomar gol logo de cara. E voltou a jogar muito mal. E voltou a falhar individualmente, com o volante Serginho, cometendo um pênalti infantil, logo aos oito minutos do primeiro tempo. Enfim, o Tricolor mantém-se regular. Mas é uma regularidade sofrida, doída, de fazer chorar.
Poucas vezes se viu uma equipe da Capital tão frágil como o Paraná de hoje. Defende mal, pois comete muitos erros bobos (e já foram vários, neste turno) que quase sempre resultam em gols dos adversários. Não tem criatividade em sua meia cancha, pois não mostrou nenhum meia com esta característica, até agora. Ontem, o incumbido de armar a equipe era Douglas Packer, que decepcionou. O “prata-da-casa” Bruninho está de volta, pode ser a solução. E no ataque, falta o jogador de presença, aquele camarada que intimida o defensor adversário e leva preocupação aos zagueiros contrários. O Paraná só tem jogadores de condução de bola e velocidade, como o talentoso Kelvin. Pouco para quem sonha em chegar a Série A do Brasileirão, ainda neste ano.
Urge se definir o comando técnico, pois mesmo com a melhora trazida pelo interino Ageu, é necessário que o grupo encontre em seu comandante a força e personalidade perdida nestas dez primeiras partidas. E isto só é possível com um treinador definitivo. Espero que Ricardo Pinto (que comenta-se ser o escolhido) possa passar, ao elenco atual, a segurança necessária par se jogar um bom futebol. E que venham reforços, mas de boa qualidade. Até agora, os que chegaram acrescentaram quase nada ao grupo. O Tricolor precisa de pelo menos quatro bons jogadores, para comandar a “molecada” em campo e serem as referências técnicas do elenco.
Acorda, Tricolor. Ainda há tempo.

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