COXA QUASE LÁ
O Coxa fez 3x0, no Roma, de Apucarana, ontem, no Alto da Glória, sem fazer muita força, se poupando fisicamente e, se precavendo de possíveis suspensões, substituindo os “pendurados” Léo Gago e Eltinho, na metade do segundo tempo. E agora, com cinco pontos de vantagem sobre o Atlético, só precisa do empate no Atletiba do próximo domingo, para garantir o primeiro turno, com uma rodada de antecedência.
Tudo isso é fruto da regularidade apresentada pela equipe em campo. O Coritiba apresenta o melhor futebol dentre os participantes do Estadual 2011 e merece a conquista do turno. Mas o futebol é surpreendente. Em caso de derrota no Atletiba, terá que vencer o Cianorte, na última rodada, em Cianorte, o que não é tarefa tão fácil assim. E ainda tem a estréia na Copa do Brasil, na quarta, contra o Ypiranga, lá em Erechim/RS. Semana de fortes emoções para a Nação Alviverde.
QUE VENHA O ATLETIBA
O Atlético se manteve vivo, neste primeiro turno, ao vencer o Paranavaí, ontem, na casa do adversário, por 3x2. Venceu, mas com muita dificuldade. Mais uma vez, debaixo de um temporal (como havia acontecido na última quinta, contra o Cianorte, na Arena), o rubro negro foi inconstante, apresentou sérios problemas de marcação, mas foi eficiente nas conclusões, transformando em gols as poucas oportunidades criadas. O atacante Nieto teve boa atuação, participando dos três gols do Furacão: No primeiro, fez o corta-luz que deixou Clayton na cara do gol, para abrir o placar; no segundo, após receber excelente lançamento de Paulo Baier, sofreu o pênalti convertido pelo “maestro”; e fez o terceiro. Silvio, goleiro que estreou na partida de ontem, demonstrou qualidades, fazendo boas defesas, em especial na segunda etapa, quando o “Vermelinho” partiu com tudo para cima do Atlético. Agora, vem o Atletiba. Será vencer ou vencer. Se não quiser fazer parte da festa coxa-branca pela conquista do turno.
O SOFRIMENTO TRICOLOR
Enquanto isso, o Paraná Clube sofreu mais um revés, sábado último, quando perdeu para o Iraty, por 1x0. Nove rodadas: sete derrotas e dois empates. Campanha que não combina com a tradição tricolor em Estaduais. Sinal de alerta aceso, pois o rebaixamento à Segunda Divisão do Paranaense seria trágico.
Porém, coisas boas aconteceram em Iraty. O Paraná dominou boa parte do jogo, mesmo jogando na casa do “Azulão”. O técnico interino Ageu, com os mesmos atletas que vem sendo utilizados até o momento, montou a equipe de forma equilibrada. O que prejudicou demais foi ter tomado o gol logo aos três minutos de partida. Falha defensiva, em especial do goleiro Jociel Henrique. Mas, de uma forma geral, quem teve a posse de bola foi o tricolor. O Irtay, com a vantagem no placar logo de início, se fechou e apostou nos contra-ataques. E aí apareceu a maior deficiência do Paraná atual: pouca (ou quase nenhuma) criatividade no meio campo, pois o elenco conta somente com atletas de condução de bola, exceção feita ao meia Paker, que entrou na segunda etapa, e mesmo não rendendo o suficiente, parece ter características para organizar a equipe. E falta força ofensiva à equipe, que não apresentou até o momento nenhum atleta que saiba jogar na área adversária. A ofensividade se resume às investidas individuais de Kelvin. Muito pouco para um clube como o Paraná.
De novidade, a contratação (que parece concreta) do técnico Ricardo Pinto. Meu companheiro de Fluminense, onde foi goleiro e ídolo por muito tempo. Excelente pessoa, caráter excepcional, sempre teve a característica de líder e por este motivo, acredito na sua trajetória como treinador. Boa escolha. Também aposto no Ricardo. Força aí, amigo, pois a tarefa é muito difícil, tendo que recuperar o bom futebol e a credibilidade perdida nestas primeiras nove rodadas. Como consolo, tem a estréia na Copa do Brasil, quarta, em Gurupi, estado de Tocantins. Competição nova, saindo do zero, quem sabe diminui a pressão sobre os jovens atletas paranistas e eles reencontram o bom futebol que mostraram no amistoso contra o Cerro Portenho. Veremos.
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