segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O que foi e o que será

Fim do primeiro turno do Brasileirão 2011. Hora das análises de desempenho na 1ª fase, dos números, e das expectativas futuras. Não tenho muito jeito para “Herculano Quintanilha”, mas vamos lá.
O Coxa
Minha expectativa inicial para o desempenho do Coritiba neste Brasileirão (baseado no excelente 1º semestre, principalmente o da Copa do Brasil) era de briga do 10º lugar para baixo. Com possibilidades reais de se pensar em vaga para a Libertadores.
O Coritiba, de fato, entrou no Brasileiro depois da quarta rodada, pois decidia até então a Copa do Brasil. Terminou o turno em nono lugar (portanto, dentro das minhas expectativas), com 26 pontos ganhos e 45,6% de aproveitamento. Se considerarmos a campanha da quinta rodada em diante, são 23 pontos ganhos em 15 rodadas, o que resulta em um aproveitamento de 51%, o que lhe daria o 7º lugar nesta fase.
Melhor ainda se analisarmos as últimas sete rodadas. São 12 pontos conquistados em 21 possíveis. Desempenho que lhe colocaria brigando com o Botafogo pelo 5º posto. Com todos estes números pode-se dizer que o Coritiba está crescendo na competição e que possivelmente vai terminar este campeonato dentro da zona que eu previa de início, com chances de brigar por uma Libertadores.
O Furacão
De início, pelo desempenho mediano no Paranaense e na Copa do Brasil, imaginava o Atlético/PR birgando entre o 8º e o 12º lugar, exatamente a zona intermediária de classificação. O rubro negro não foi brilhante no 1º semestre, mas em minha opinião, muito longe de ter sido péssimo (como muitos, a maioria talvez, disseram). Sempre enxerguei qualidades individuais no grupo atleticano, que não se completavam como equipe. Faltava o “bom cozinheiro”para acertar a receita, com os ingredientes de qualidade que tinha. E o cozinheiro veio do Sul.
Depois da chegada de Renato Gaúcho as coisas melhoraram muito. Analisando os números do 1º turno, o Furacão acabou com 18 pontos ganhos, na 17ª colocação, com aproveitamento de 31,6%. Campanha fraca para o elenco que possui. Mas vamos esquecer as primeiras oito rodadas, onde só ganhou um ponto. Nas últimas 11 rodadas, somou 17 pontos, com aproveitamento de 51%, o que lhe daria hoje o 7º posto (melhor do que eu imaginava de início) que é do Cruzeiro, com 47,4%.
Se pegarmos as últimas sete rodadas do certame a coisa fica melhor ainda. Foram 13 pontos em 21 possíveis. Ou seja, 61,9% de aproveitamento, o que lhe colocaria atrás somente de Corinthians e Flamengo, neste turno. Por tudo isso, é nítido o momento ascendente do Atlético/PR na competição. Poderá manter este aproveitamento de 61,9% no segundo turno da competição? Creio que sim. E aí somaria mais 35 pontos, que somados aos 18 de hoje totalizariam 53, ao final do campeonato. Este número, na média dos últimos anos, corresponde ao 10º lugar. Dentro do que imaginava.
O Tricolor
Minha impressão, antes do início da Série B, era que o Tricolor teria sérias dificuldades no certame, que historicamente é muito equilibrado e difícil. Mas o Paraná Clube me surpreendeu (e acredito que a todos), se ajustando rapidamente, com um time novo, em relação ao Paranaense. Em 2/3 do primeiro turno esteve bem, mas derrapou no final.
Acabou o turno com 28 pontos, na 7ª colocação, com 49% de aproveitamento. Permaneceu no G4 por 16, das 19 rodadas da primeira fase. Mas diferente da dupla Atletiba, apresenta um “viés de baixa”. Está a somente dois pontos do G4, mas o que de fato preocupa é a queda acentuada de rendimento da equipe.
Analisando-se somente as sete últimas rodadas, o Tricolor somou cinco pontos dos 21 possíveis, ou seja 23,8% de aproveitamento. Com este índice no segundo turno, dos 57 pontos, ganharia mais 12. Resultado: 40 pontos no total e rebaixamento para a Série C.
É claro que pelo bom futebol que apresentou nas primeiras 12 rodadas do certame é de se esperar uma reação Tricolor. A equipe que já foi sólida, equilibrada e bem distribuída em campo, foi se “desconstruíndo” pelas constantes mudanças de escalação e de tática de jogo. Ainda há tempo para se reagir e retomar o rumo, antes que seja tarde.

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